terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O caminho, a verdade e a vida.

Ao cometer o primeiro pecado, o homem saiu do caminho traçado por Deus. Isso significa que uma estrada asfaltada com o orgulho e a soberba humana começava a ser construída. Diz as escrituras que os homens ante diluvianos eram grandes pecadores “o meu espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal... viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo o desígnio do seu coração” (Gn 6.2, 5). Os homens pós diluvianos não eram melhores, pois Deus afirma: “não tornarei a amaldiçoar a terra por causa do homem, porque é mau o desígnio intimo do homem desde a sua mocidade” (Gn 8:21). A humanidade continuou audaciosa e soberba: “Vinde, edifiquemos para nós uma torre cujo tope seja o céu” (Gn 11:4). E assim continua a história da humanidade marcada por uma profunda incerteza do caminho certo.
O filosofo grego Protágoras disse “o homem é a medida de todas as coisas”. Em outras palavras as necessidades do homem estão em primeiro lugar. Assim sendo, o homem continuava sua viagem rumo ao desconhecido e incerto. O mundo moderno está afundado em guerras, fomes, desastres naturais, crises financeiras, mesmo assim alega está em pleno controle das nossas vidas.
No inicio do século passado a filosofia e a teologia deram as mãos para solucionar os problemas da humanidade e a conclusão a que chegaram era que o que faltava ao homem era educação ‘acadêmica’. Eles acharam que a religião deveria ser abolida, pois atrasava o progresso, deixava as pessoas presas a crenças que não podem ser explicadas: milagres. O homem moderno deve se livrar qualquer forma de barbárie. Um grande avanço foi dado para educar o homem; a ciência nunca foi tão longe na busca de novos conhecimentos: a invenção e aprimoramento do avião, armas, navios, a viagem para o espaço. Contudo, esse homem educado, fez as maiores guerras da história da humanidade.
Todos reconhecem o mau caminho do homem moderno, mas as propostas são todas falíveis, pois começam no homem e não em Deus. Quando o mundo procura um caminho Jesus se apresenta como O CAMINHO.

O problema humano de perder o caminho é viver uma mentira. A vida da maioria das pessoas não passa de uma ilusão. Casamentos em que o cônjuge trai, engana e mente, uma aparência; famílias onde os filhos não obedecem aos pais, os pais não amam os filhos, não respeitam os mais velhos; ‘felicidade momentânea’ é uma opção para os artificiais; igrejas minadas pela mentira produzem animação e entretenimento que anestesia as tristezas e necessidades espirituais do homem.
A mentira leva a pessoa para o inferno: “Vós sois do diabo, que é vosso pai e quereis satisfazer-lhes os desejos. Ele foi homicida desde o principio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é MENTIROSO e pai da MENTIRA” João 8:44. O grande conflito pelas nossas almas é entre a verdade e a mentira. Quem vai para o inferno é porque acreditou numa mentira, assim como quem vai para o céu é porque acreditou na verdade.
Quando o mundo procura criar suas verdades, Jesus se apresenta como A VERDADE.

Viver uma mentira produz morte. Não apenas morte física, mas também a morte física e emocional. Centenas e centenas de pessoas estão fisicamente vivas, aparentemente ativas, contudo estão emocionalmente mortas, i.e. perderam a razão de viver; algo muito traumático bloqueou tal pessoa impedindo de continuar a crescer, a viver e ser feliz. Uma grande decepção ou uma tragédia costumam travar a vida emocional das pessoas. Mas não é somente mortas emocionalmente que as pessoas se encontram elas estão mortas espiritualmente, ou seja, elas não podem ter acesso a Deus. Nós não podemos buscar a única pessoa que poderia resolver nossos mais profundos anseios, pois estamos mortos “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados” Ef. 2:1.
Quando o mundo procura viver, mesmo estando mortos, Jesus se apresenta como A VIDA.

Até aqui apresentei o cenário do mundo: A falta de direção, a mentira e morte que os homens estão. Agora, chamo a sua atenção para a solução de Deus. O Todo-Poderoso vendo a situação do homem resolveu mandar Jesus para conduzir o homem para o caminho certo, para a verdade e para experimentar a vida.
Dentro dos EU SOU’s de Jesus encontramos em João 14:1-15 (1-7) O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA.

Postado por Pr. Francimar.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

SÁTIRA AOS NOVOS (DES)VALORES DA CULTURA CRISTÃ

INTRODUÇÃO

O cristianismo resistiu a muitos ataques ao longo de sua história, travou verdadeiras batalhas com poderes políticos, correntes filosóficas e outras religiões e permaneceu inabalável. Debalde, o rei, o filósofo e o sacerdote tentaram aniquilar a doutrina cristã. Depois de tantas lutas sangrentas, cujo número dos adversários seria impossível precisar, o cristianismo está ameaçado por um inimigo terrivelmente poderoso. Esse adversário, semelhante a um animal enfurecido, demonstra que só aplacará a sua fúria quando pisar as cinzas da doutrina cristã. O poder destrutivo desse inimigo sobrepuja o poder do rei, supera em muito a força do filósofo e a violência do sacerdote. Mesmo estes três poderes conjugados não podem fazer frente ao novo inimigo do cristianismo. Como se vê, o novo opositor não é oriundo dos decretos políticos, não procede dos tratados filosóficos e muito menos do fervor mórbido dos cultos pagãos. Qual a origem desse inimigo? Ele procede da igreja, é sustentado pelas pregações, dogmatizado pelos manuais de teologia e seguido pelo pastor e pelo fiel. Parece absurdo mais o terrível inimigo do cristianismo é o próprio cristianismo. Para ser mais preciso, um cristianismo maldosamente disfarçado de ortodoxo. A arma desse inimigo é uma espécie de transvalorização dos valores cristãos. Nesse artigo, esse termo será atribuído à mudança de um (des)valor em valor.

1. O (DES)VALOR DA COVARDIA INTELECTUAL

Por covardia intelectual deve ser entendido o medo de estabelecer o diálogo entre a doutrina cristã e a cultura e conhecimento extra-bíblicos. Toda covardia é fruto da ilusão, fato que se aplica à covardia intelectual. Essa apostasia perniciosa baseia-se na falsa idéia de que qualquer formação intelectual mais elevada é um apelo à negação da fé. Por esta razão, os chamados “cristãos covardes” anatematizam e pregam o ódio mortífero ao conhecimento extra-bíblico, desprezam qualquer conhecimento que não esteja respaldado por sua teologia de vermes.
Estão completamente equivocados aqueles que pensam que a coragem não é uma virtude cristã. É preciso ser extremamente corajoso para aceitar a doutrina do Mestre e não soçobrar diante da grande responsabilidade que isto representa. Só um corajoso é capaz de colocar a sua própria vida como instrumento de autenticação de sua fé. Para se conhecer também é necessário coragem, principalmente quando o novo conhecimento não coincide com aquilo em que acreditamos. O estranho desperta o assombro, assombro que precede a covardia. Por isso, é preciso coragem, tudo que esta faltando a “nova cultura cristã”. Nas páginas do Novo Testamento, os cristãos são identificados por várias metáforas: ovelha, luz, sal, pedra, águia, árvore, só para alistar alguns exemplos. Não obstante, em nenhuma de suas paginas, a Santa Escritura compara os crentes a tartarugas. Essa figura se aplica muito bem a esses “cristãos covardes”, que vivem escondidos em sua carapaça doutrinária.

Assim, o cristianismo está sendo ameaçado pelo próprio cristianismo: o cristianismo covarde. Estes ditos cristãos temem confrontar a sua fé com a cultura ao seu redor, acreditam que um crente jamais poderá ler uma obra de Paulo Coelho sem se deixar seduzir pelo espiritismo; Harry Potter, então, é uma tentação diabólica; um irmão que ousar ler o Anticristo de Nietzsche poderá até ser disciplinado na igreja; aqueles que ousarem estudar filosofia serão motivos de escândalo para muitos. Afinal, de contas, como dizem alguns, a conversão significa um completo desprezo à cultura mundana e a sabedoria humana afasta o homem de Deus. Curiosamente, foi criado um novo Index librorum prohibitorum[1], agora, pelos protestantes.

2. O (DES)VALOR DA DESONESTIDADE INTELECTUAL


Desonestidade intelectual: eis mais um insulto, mais uma blasfêmia à doutrina do Mestre, mais um (des)valor da cultura cristã atual. Trata-se do desprezo a tudo que é cultura extra-bíblica sem nenhum conhecimento a priori. Em certo sentido, a desonestidade é fruto da covardia. Ao se esconderem em suas carapaças, como tartarugas desprezíveis, esses sepulcros caiados só são capazes de julgar àquilo que é exterior a eles movidos pelo preconceito e pela hipocrisia. Para empregar um pouco de ironia, um pregador diz que a obra de Freud é diabólica sem nunca ter lido um único prefácio do pensador vienense, um outro chama Descartes de anticristo sem saber se o autor do Discurso do método nasceu na França ou nas Guianas holandesas. Esses fraudadores intelectuais, semelhantes a víboras destilando a sua teologia peçonhenta, quando encontram alguém que se diz ateu sem nunca ter lido a Bíblia, ainda têm a petulância de argumentar que tal pessoa está errada ao descartar a fé cristã antes mesmo de conhecê-la. Criticam Nietzsche por ter julgado a doutrina cristã sem um conhecimento a fundo da mesma, mas cometem o mesmo preconceito, a mesma improbidade intelectual em relação ao pensamento do existencialista alemão.

Ah! Como faria bem a esses falsificadores do Evangelho uma pequena dose de cristianismo bíblico! Descobririam espantados que Cristo nunca pregou o ódio ao conhecimento, que essa desonestidade vil nunca foi contada entre as virtudes cristãs. Mas eles que, ao mesmo tempo ostentam uma luz superior, que se vangloriam por serem portadores de revelações sublimes, estão embrutecidos, perdidos no escuro sem fim da indiferença, cegos pelo véu asqueroso da hipocrisia. Julgam-se os únicos cristãos do mundo, mas estão tão distantes de Cristo, e isso justifica a sua desonestidade intelectual.

3. O (DES)VALOR DA ALIENAÇÃO INTELECTUAL

O termo alienação comporta muitos sentidos, principalmente quando analisado em termos filosóficos. No presente artigo este vocábulo será empregado para marcar a atitude radical de fechamento em relação à cultura extra-bíblica. A alienação é o estágio final no processo de transvalorização. Tanto o covarde quanto o desonesto sabem que existe cultura e conhecimento exteriores a ele. Isso pode ser comprovado pelo modo como eles enfrentam essa realidade. O primeiro emprega a arma da fuga e o segundo a arma do disfarce. O alienado, no entanto, perdeu a capacidade de perceber esta exterioridade. Em seu fechamento, ele tornou-se um prisioneiro daquele que considera o único conhecimento que existe.

Em muitos cursos de teologia, se for indagado a um seminarista se ele conhece Dostoievsky, esse estudante perguntará qual o ano do uísque em questão, se quiserem saber a sua opinião sobre Tolstoi, é possível que ele pergunte se o prato é doce ou salgado, se perguntarem se ele já leu alguma obra de Bocage, ele chegará ao cúmulo de confundir o poeta português com uma marca de roupa. Para empregar um neologismo, ele conhece uma única linguagem: o “teologuês. Como se não bastasse, ainda se orgulha de sua segregação cultural, considerando essa apostasia prova de espiritualidade e santidade. Olha para si mesmo como um ser privilegiado, dono de uma sabedoria inefável, acha-se capaz de desvendar todos os mistérios, seja do mundo material ou do mundo espiritual. Os que ousarem romper com o seu paradigma e desprezarem essa infame alienação serão considerados apóstatas, porcos que se deleitam com as alfarrobas do mundo.

CONCLUSÃO

Já é hora de alguém deixar de lado o receio e falar a esses farsantes que são eles os verdadeiros apóstatas da fé cristã, que são eles os inimigos da sã doutrina, os anticristos de quem fala o apóstolo[2]. Já é hora de alguém pisar os seus ovos funestos, antes que eles concebam víboras peçonhentas. Já é hora de destruir esse terrível inimigo e impedir a abominável transvalorização dos valores cristãos. É hora de se proclamar em todos os lugares o desprezo a essa paródia indecente do cristianismo. Mas aquele que ousar realizar tal feito deverá está preparado para enfrentar a fúria de uma multidão de cristãos, de cristãos que conhecem tanto de Cristo quanto um louco conhece as faculdades lógicas.

Notas:

1. “Lista de livros proibidos”. Recurso usado pelo tribunal da Inquisição com a finalidade de deter o avanço do protestantismo.

2. I João 2:18.


Postado por J. Marques