quarta-feira, 21 de abril de 2010

MARIDO, O Líder Do Lar!

No mundo secular, diante da ascensão do feminismo, dizer que o marido é o líder do lar soa como tom de ofensa. Para muitos, a submissão feminina à liderança masculina coloca a mulher em posição inferior. Contudo, isso não passa de um grande mal entendido, pois, o ensino bíblico sobre a liderança masculina, revela que a esposa é o centro da atenção e dos esforços do marido, ressaltando, então, a sua importância e seu valor.
Essa atitude de repulsa para com a idéia da liderança masculina dar-se, por causa do falso entendimento de que o marido, por ser o líder, tem o direito de decidir e fazer o que quiser, como um ditador soberano.
Porém, quando a bíblia ensina que o marido é o líder do lar, ensina também que essa liderança deve ser com amor. Em Efésios 5:25-29, o apostolo Paulo apresenta três tarefas que envolve uma liderança com amor.
Em primeiro lugar, uma liderança com amor envolve suprir as necessidades materiais do cônjuge. A palavra “alimenta” encontrada no v.29, revela que o marido lidera o lar sendo o provedor da família, cabe principalmente a ele trazer para dentro de casa aquilo que é necessário para o sustento de todos. Biblicamente, a mulher não é proibida de trabalhar, porém, quando isso se torna motivo de insubmissão à liderança masculina, ou prejudica o bom andamento da família, deve-se abrir mão. Para ser um bom provedor, o marido precisa confiar na providência de Deus, se não, será um líder ansioso, e terá a companhia de uma esposa ansiosa, e um casal ansioso torna-se um casal estressado, e por sua vez, um casal estressado é um campo minado que a qualquer momento explode em brigas que dividirão o lar. Sem medo de errar, podemos dizer que as finanças tem sido um dos grandes motivos de brigas e separações entre casais.
Uma liderança com amor também envolve suprir as necessidades emocionais do cônjuge. Existe um grande preconceito por parte dos homens neste ponto, e muitos acham que a bíblia não opina nesta questão, e, por causa disso, concluem que sua tarefa é somente suprir as necessidades materiais. São muitas vezes maridos frios, rudes, e até destratam as esposas quando se dirigem a elas. Em relação a alguns, até os próprios animais demonstram mais carinho.
Entretanto, para a surpresa de muitos, este ponto é biblicamente ratificado. Nos vs. 28-29, Paulo diz que o marido que ama a esposa, está amando também a si mesmo, e, aquele que ama a própria carne, a alimente e dela cuida. Portanto, o amor pela esposa deve ser expressado através do cuidado. A palavra “cuida” usada no texto traz a idéia de um tratamento carinhoso, e até mesmo romântico. Esta palavra é usada apenas duas vezes em todo o Novo Testamento, além do texto mencionado, ela aprece em 1 Tessalonicenses 2:7 expressando a idéia de uma ama que “acaricia”, ou seja, trata carinhosamente seus filhos. Portanto, o cuidado do marido, deve envolver uma demonstração profunda de carinho, suprindo, assim, as necessidades emocionais da esposa.
Ele precisa conhecê-la , para saber o que a torna mais feliz, mais alegre, mais contente ou mais realizada, e assim, agir, para que ela seja emocionalmente completa.
Esta idéia é clarificada, quando Paulo diz que este é o mesmo cuidado que Cristo tem pela igreja. E quando Cristo cuida da igreja, Ele age carinhosamente, tornando-a mais feliz, mais alegre, mais contente e mais realizada.
Gesto simples como, “pegar na mão”, “dar flores em datas especiais”, “dizer: eu te amo”, “colocá-la no colo”, revelam carinho e suprem emocionalmente a esposa.
Por último, uma liderança com amor envolve suprir as necessidades espirituais do cônjuge. Este ponto, apesar de ser o último, eu diria que é o mais importante, pois, é biblicamente tratado com mais ênfase. Nos vs. 25-27, Paulo fala de como Cristo se entregou pela igreja, para santificá-la, e torná-la espiritualmente perfeita. E da mesma forma o marido deve liderar a esposa promovendo sua santificação e amadurecimento espiritual. Ele é o sacerdote do lar, responsável por promover o crescimento espiritual da família.
O amadurecimento espiritual é a chave para uma família equilibrada. Uma esposa, por exemplo, que é suprida materialmente, mas, não espiritualmente, torna-se uma pessoa materialista. E quando ela é suprida apenas emocionalmente, e não tem maturidade espiritual, torna-se egoísta.
A liderança do marido não acaba quando ele chega do trabalho, mas, continua até que reúna a família na presença de cristo e de sua palavra, e a prepare para vir à igreja.
Pastor José Figueiredo.

sábado, 10 de abril de 2010

A Parábola do Credor Incompassivo

Dívida é algo que quase todos têm. A generosidade de quem empresta pode ser tentadora para quem toma emprestado. As vezes a pessoa fica devendo o que não tem. Há casos tristes de pessoas que perderam seus bens para o banco por causa de dívidas.

Jesus toma emprestado essa ilustração para comparar com o reino dos céus. Nessa parábola o reino de Deus é visto como um ajuste de contas.

Mateus 18:23-35

Deus se alegra em perdoar os seus devedores e devemos nos alegrar também.

Deus é rico e cheio de misericórdia – v 23, 27.

A história surge da pergunta mesquinha de Pedro – v 21-22; os sábios ensinavam que o perdão devia ser limitado, talvez para não desgastar; daí, começaram a criar fórmulas matemáticas para perdoar uns aos outros.

Jesus conta uma estória, onde um rei havia emprestado para um de seus empregados o valor de 10 mil talentos (1 talento valia 6 mil denários = 600 milhões de denários). E como ele não tinha com que pagar foi dado a ordem de despejo e desapropriação de tudo que ele tinha. O servo se lançou ao chão e pediu tempo. O rei compadeceu-se dele e o perdoou a dívida, pois esta não lhe faria falta.
Aqui temos algumas ricas lições. Deus é o rei rico. Ele não vai empobrecer por causa de nossas dívidas. Ele é compassivo, i.e. misericordioso.

Nossas dívidas são eternas e impagáveis. De onde veio nossas dívidas? O pecado que cometemos contra Deus. A morte do seu filho.

O reino de Deus é como um rei que perdoa a dívida de um súdito. Todos que chegarem ao céu não poderão se vangloriar, pois todos chegaram pelo mesmo mérito, i.e. o da morte de Cristo.
O que Deus nos perdoou? A morte do seu filho, a entrada do pecado, a desordem no mundo que ele criou.

Deus é justo e espera que sejamos também.

Quando o devedor saiu do palácio, não aliviado pelo perdão, encontra alguém que lhe deve 100 denários. Ele agarrou-o e sufocou-o por uma quantia que também não lhe faria falta. O devedor fez o mesmo pedido, mas em vão – v 30. Os companheiros relatam ao rei, que age com justiça, i.e. age na base do devedor.
Novamente aprendemos algumas lições sobre o reino. O reino é constituído de pessoas perdoadas e perdoadoras – Mateus 6:14-15; Pv 21:13; v 35.

O rei diz: “não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo?”
Nossos pecados são como dívidas aos nossos semelhantes.
O devedor é entregue aos verdugos, i.e. ao carrasco de uma prisão – Mt 5:25-26.

Em Cristo temos todas nossas dívidas eternas perdoadas. Portanto, nenhuma agressão pode ficar sem perdão. Pois nosso estoque de misericórdia foi cheio quando Cristo nos perdoou.

Postado por Pr. Francimar LimaCasa nova, BA