sábado, 10 de abril de 2010

A Parábola do Credor Incompassivo

Dívida é algo que quase todos têm. A generosidade de quem empresta pode ser tentadora para quem toma emprestado. As vezes a pessoa fica devendo o que não tem. Há casos tristes de pessoas que perderam seus bens para o banco por causa de dívidas.

Jesus toma emprestado essa ilustração para comparar com o reino dos céus. Nessa parábola o reino de Deus é visto como um ajuste de contas.

Mateus 18:23-35

Deus se alegra em perdoar os seus devedores e devemos nos alegrar também.

Deus é rico e cheio de misericórdia – v 23, 27.

A história surge da pergunta mesquinha de Pedro – v 21-22; os sábios ensinavam que o perdão devia ser limitado, talvez para não desgastar; daí, começaram a criar fórmulas matemáticas para perdoar uns aos outros.

Jesus conta uma estória, onde um rei havia emprestado para um de seus empregados o valor de 10 mil talentos (1 talento valia 6 mil denários = 600 milhões de denários). E como ele não tinha com que pagar foi dado a ordem de despejo e desapropriação de tudo que ele tinha. O servo se lançou ao chão e pediu tempo. O rei compadeceu-se dele e o perdoou a dívida, pois esta não lhe faria falta.
Aqui temos algumas ricas lições. Deus é o rei rico. Ele não vai empobrecer por causa de nossas dívidas. Ele é compassivo, i.e. misericordioso.

Nossas dívidas são eternas e impagáveis. De onde veio nossas dívidas? O pecado que cometemos contra Deus. A morte do seu filho.

O reino de Deus é como um rei que perdoa a dívida de um súdito. Todos que chegarem ao céu não poderão se vangloriar, pois todos chegaram pelo mesmo mérito, i.e. o da morte de Cristo.
O que Deus nos perdoou? A morte do seu filho, a entrada do pecado, a desordem no mundo que ele criou.

Deus é justo e espera que sejamos também.

Quando o devedor saiu do palácio, não aliviado pelo perdão, encontra alguém que lhe deve 100 denários. Ele agarrou-o e sufocou-o por uma quantia que também não lhe faria falta. O devedor fez o mesmo pedido, mas em vão – v 30. Os companheiros relatam ao rei, que age com justiça, i.e. age na base do devedor.
Novamente aprendemos algumas lições sobre o reino. O reino é constituído de pessoas perdoadas e perdoadoras – Mateus 6:14-15; Pv 21:13; v 35.

O rei diz: “não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo?”
Nossos pecados são como dívidas aos nossos semelhantes.
O devedor é entregue aos verdugos, i.e. ao carrasco de uma prisão – Mt 5:25-26.

Em Cristo temos todas nossas dívidas eternas perdoadas. Portanto, nenhuma agressão pode ficar sem perdão. Pois nosso estoque de misericórdia foi cheio quando Cristo nos perdoou.

Postado por Pr. Francimar LimaCasa nova, BA

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