Dívida é algo que quase todos têm. A generosidade de quem empresta pode ser tentadora para quem toma emprestado. As vezes a pessoa fica devendo o que não tem. Há casos tristes de pessoas que perderam seus bens para o banco por causa de dívidas.
Jesus toma emprestado essa ilustração para comparar com o reino dos céus. Nessa parábola o reino de Deus é visto como um ajuste de contas.
Mateus 18:23-35
Deus se alegra em perdoar os seus devedores e devemos nos alegrar também.
Deus é rico e cheio de misericórdia – v 23, 27.
A história surge da pergunta mesquinha de Pedro – v 21-22; os sábios ensinavam que o perdão devia ser limitado, talvez para não desgastar; daí, começaram a criar fórmulas matemáticas para perdoar uns aos outros.
Jesus conta uma estória, onde um rei havia emprestado para um de seus empregados o valor de 10 mil talentos (1 talento valia 6 mil denários = 600 milhões de denários). E como ele não tinha com que pagar foi dado a ordem de despejo e desapropriação de tudo que ele tinha. O servo se lançou ao chão e pediu tempo. O rei compadeceu-se dele e o perdoou a dívida, pois esta não lhe faria falta.
Aqui temos algumas ricas lições. Deus é o rei rico. Ele não vai empobrecer por causa de nossas dívidas. Ele é compassivo, i.e. misericordioso.
Nossas dívidas são eternas e impagáveis. De onde veio nossas dívidas? O pecado que cometemos contra Deus. A morte do seu filho.
O reino de Deus é como um rei que perdoa a dívida de um súdito. Todos que chegarem ao céu não poderão se vangloriar, pois todos chegaram pelo mesmo mérito, i.e. o da morte de Cristo.
O que Deus nos perdoou? A morte do seu filho, a entrada do pecado, a desordem no mundo que ele criou.
Deus é justo e espera que sejamos também.
Quando o devedor saiu do palácio, não aliviado pelo perdão, encontra alguém que lhe deve 100 denários. Ele agarrou-o e sufocou-o por uma quantia que também não lhe faria falta. O devedor fez o mesmo pedido, mas em vão – v 30. Os companheiros relatam ao rei, que age com justiça, i.e. age na base do devedor.
Novamente aprendemos algumas lições sobre o reino. O reino é constituído de pessoas perdoadas e perdoadoras – Mateus 6:14-15; Pv 21:13; v 35.
O rei diz: “não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo?”
Nossos pecados são como dívidas aos nossos semelhantes.
O devedor é entregue aos verdugos, i.e. ao carrasco de uma prisão – Mt 5:25-26.
Em Cristo temos todas nossas dívidas eternas perdoadas. Portanto, nenhuma agressão pode ficar sem perdão. Pois nosso estoque de misericórdia foi cheio quando Cristo nos perdoou.
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