segunda-feira, 15 de março de 2010

Bendita Sociedade
Todos nós somos investidores. Fazemos investimentos num imóvel, num carro, numa poupança, em bolsas de valores, nos estudos das crianças, etc. Não vejo nada de errado nisto. Agora, quanto temos investido na obra missionária? Quanto temos investido na necessidade de um irmão? Paulo recorda aos presbíteros de Éfeso que é mister socorrer aos necessitados e recordar as palavras do Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber (Atos 20:35). Será que acreditamos mesmo nesta bem-aventurança? Os filipenses sim.
O apóstolo Paulo expressa a liberalidade financeira dos irmãos de Filipos de duas formas.
Primeiro, as suas ofertas eram um investimento (“Todavia, fizestes bem, associando-vos na minha tribulação.”4:14)
O verbo “associar” significa partilhar junto, participar em comum. A igreja entrou num empreendimento de “dar e receber”. A igreja deu o que era material para Paulo, e recebeu o que era espiritual (vs.15). Paulo inclusive censura os coríntios por acharem que é demais que o apóstolo recolha o que é material entre eles uma vez que ele semeou o que era espiritual (1Co.9:11; 12-15). O momento da associação dos filipenses foi bem oportuno porque o missionário estava em tribulação.
A igreja em Filipos se associou ao missionário mesmo sendo pequena e pobre. Além disso, ela não se importou se outras igrejas iriam ajudar também. Ela fez a sua parte. Só para Tessalônica, a igreja mandou ofertas duas vezes (15). Isto mostra o cuidado dos filipenses pelo apóstolo e a visão missionária deles, pois Paulo estava pregando em outro lugar.
Ainda falando em um investimento, Paulo diz que aquelas ofertas são investimentos seguros, que resultarão em crédito para os filipenses (vs17). Este verso está cheio de termos comerciais. O primeiro é “donativo”, que é um termo técnico para a exigência de pagamento de juros. O segundo é “fruto”, aqui significando lucro ou juros. O verbo aumentar é um termo bancário regular para crescimento financeiro. Crédito é conta. Em outras palavras, Paulo está dizendo: “Aguardo os juros que serão creditados em vossa conta”.
Algumas pessoas tentam justificar sua negligência em cooperar financeiramente com missões alegando pobreza, ou renda baixa. Isto, contudo, cai por terra quando olhamos para o exemplo dos filipenses. Não há pobreza que justifique a nossa mesquinhez.
Além de investir, gostamos também de nos associar. Seja sócio de um missionário. Partilhe com ele das bênçãos que Deus dá a você. Quando somos abençoados financeiramente, pensamos logo no tipo de investimento que vamos fazer. Naquele momento não esqueça que há muitos missionários e irmãos em necessidade.
Além de um investimento, contribuir com a obra missionária é um sacrifício agradável a Deus (4:18).
O apóstolo utiliza duas expressões. A primeira é “Aroma suave”. Como o bom aroma que subia dos sacrifícos do Antigo Testamento (Lv.1:9,13). A outra é “Sacrifício aceitável e aprazível”. É o tipo de sacrifício que não é rejeitado, como foi o de Saul e dos sacerdotes no tempo de Malaquias.
Em conseqüência da morte de Cristo, não há sacrifícios de animais que podemos oferecer a Deus que sejam aceitáveis. Porém, há sacrifícios que Deus não só aceita, como também se agrada. Devemos oferecer nossos corpos (Rm.12:1); devemos oferecer sacrifício de louvor (Hb1 13:15); devemos oferecer sacrifícios de dinheiro ou posses (Filipenses).
Há algum tempo atrás ouvi uma história de uma mulher que dizia que a carteira de seu esposo ainda não tinha sido alcançada pela graça de Deus. Seria essa também a sua história?
Pr. José Roberto

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